O Inexplicável
- Karina
- 18 de nov. de 2024
- 1 min de leitura
Era abril de 2024 quando o Inexplicável bateu na minha porta.
Chegou sem avisar. Entrou sem pedir licença.
Trouxe com ele uma mala cheia de incompreensão, perplexidade e um vazio tão grande, que praticamente ocupava o restante do espaço da tal mala.
Ele era um Senhor sisudo, esguio, invasivo e enigmático. Mal chegou e já se apoderou de toda minha casa, espalhando seu vazio gigantesco e esmagador por todos os cômodos.
Depois, fez morada no coração da minha alma, digo, casa. Ficou lá, e foi ficando...ficando...como um inquilino vitalício, o qual volta e meia aparece para conversar e me lembrar das perguntas sem respostas que trouxe na sua mala e espalhou pelos quatro cantos da minha vida.
Um dias desses, ele me contou, enquanto tomava uma xícara de chá, que não entender e não aceitar são duas coisas que andam juntas dentro de pessoas que, assim como eu, receberam sua visita inesperada.
Por fim, me disse que o tempo aliviaria a angústia de não ter respostas, mas que seria a resiliência a chave para o enigma de como seguir adiante.

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